A região Centro-Oeste, responsável pela maior produção de grãos do país, sentiu os efeitos da falta de chuvas na primeira quinzena deste mês, sobretudo para o milho segunda safra. Houve restrição hídrica para as lavouras ainda em enchimento de grãos, semeadas fora da janela ideal. No entanto, o tempo seco favoreceu a maturação e a colheita do milho e do algodão.
A análise é do Boletim de Monitoramento Agrícola da Companhia Nacional e Abastecimento (Conab), elaborado com base nas condições observadas nas primeiras semanas deste mês.
Sofreram essas restrições os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, onde a média do armazenamento hídrico no solo foi baixa. Aliado a isso, há a expectativa de impacto na produtividade do milho devido à incidência de geadas no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, especialmente, nas lavouras em estádios reprodutivos. A umidade do solo, porém, foi suficiente para o desenvolvimento do milho segunda safra no Paraná.
As chuvas apresentaram maiores acumulados na região Norte e no litoral da região Nordeste do país. Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba, a ausência de chuvas foi favorável para as operações de colheita da segunda safra, como o milho e o algodão.
Com relação à safra de inverno, o comportamento tem apresentado padrões satisfatórios de desenvolvimento. Na região Sul, para o trigo que está em estádios iniciais, não se estima perdas até o momento. Apesar da pouca chuva, foi possível avançar com a semeadura e o desenvolvimento do cereal nos principais estados produtores.
Fonte: Conab e SBA (Sistema Brasileiro do Agronegócio).