Comercialização se restringiu a lotes pontuais. Produtor aproveitou a semana para negociar a soja disponível.

Após as altas recentes, que resultaram na melhora na comercialização, o mercado brasileiro de soja teve uma quinta mais calma em termos de negócios. Os preços oscilaram entre estáveis e mais altos, sendo sustentados pela valorização do dólar. A queda de Chicago arrefeceu o ânimo dos produtores.

“Sem grandes reportes hoje, a comercialização se restringiu a lotes pontuais. O produtor aproveitou bem a semana já para negociar a soja disponível”, explica o analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 168,00 para R$ 168,50

– Região das Missões: a cotação avançou de R$ 167,00 para R$ 167,50

– Porto de Rio Grande: o preço subiu de R$ 171,50 para R$ 172,00 a saca

– Cascavel (PR): o preço seguiu em R$ 164,00

– Porto de Paranaguá (PR): a saca permaneceu em R$ 169,00

– Rondonópolis (MT): a saca aumentou de R$ 158,00 para R$ 158,50

– Dourados (MS): a cotação subiu de R$ 157,00 para R$ 158,00

– Rio Verde (GO): a saca estabilizou em R$ 156,00

Chicago e a soja

Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. Mesmo com sinais de demanda positiva, os agentes optaram por realizar os lucros acumulados recentemente.

Tecnicamente, a posição spot esbarrou na importante resistência de US$ 12,85 nas sessões de ontem e hoje. Em termos fundamentais, o cenário segue positivo, com o bom desempenho dos subprodutos e os sinais de continuidade na procura pela soja americana.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou embarques semanais de 1,375 milhão de toneladas, número que ficou dentro do esperado pelo mercado, entre 1 milhão e 1,8 milhão de toneladas. Destaque para as vendas líquidas de óleo de 67.500 toneladas, acima da expectativa de 40 mil
toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 11,75 centavos de dólar por bushel ou 0,92% a US$ 12,65 1/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 12,76 1/2 por bushel, com perda de 11,75 centavos ou 0,91%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 4,30 ou 1,14% a US$ 370,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 59,17 centavos de dólar, com baixa de 0,06 centavo ou 0,10%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em R$ 5,5690, com alta de 0,77%. A moeda norte-americana teve baixa volatilidade durante a sessão, e foi pressionada pelos indícios de aquecimento da economia dos Estados Unidos e pelas já habituais dificuldades e morosidade na aprovação da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) dos Precatórios.

Agenda de sexta-feira

– Japão: o índice de preços ao consumidor de outubro será publicado na noite anterior pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Alemanha: o índice de preços ao produtor de outubro será publicado às 4h pelo Destatis.

– Levantamentos mensal e semanal sobre o desenvolvimento das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.

– Evolução do plantio de soja no Brasil – Safras & Mercado, na parte da tarde.

Fonte: Canal Rural