A ramulária é um dos maiores inimigos da produção de algodão. Na safra 2019/2020, o fungo causou um prejuízo de R$ 1,89 bilhões ao setor. Os impactos da doença na cotonicultura brasileira foram debatidos em um Dia de Campo Virtual, promovido na última semana pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
O potencial de perda das lavouras de algodão em razão de doenças fungicidas é de 35%. As ameaças incluem o bicudo, com potencial de perda de 100%; o complexo de lagartas, com potencial de perda de 40 a 60%; e mosca branca, trips e pulgão, pragas que reduzem a qualidade da fibra em razão dos índices de pegajosidade.
Marcio Portocarrero, diretor-executivo da Abrapa, salientou que o controle de pragas, ervas daninhas e doenças representa 38% do custo de produção das lavouras. Na busca por soluções, o controle da ramulária é prioridade. “A perda média de produtividade é de 5,3%, isso inviabiliza totalmente o cultivo do algodão se não houver um controle efetivo da ramulária em todo o processo”, disse Portocarrero. Na sua avaliação, o maior desafio dos cotonicultores é a eficiência, para fazer frente às ameaças naturais do clima tropical e oferecer um algodão de qualidade para o mundo todo.
Fonte: Canal Rural