Monitoramento da influência das chuvas: A combinação de frentes frias e áreas de instabilidade na primeira quinzena de outubro provocou chuvas abrangentes no Paraná e em Santa Catarina, chegando a superar 300 mm em importantes regiões produtoras. A análise é do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na quinta-feira (20). O Boletim analisou o período de 1° a 15 de outubro de 2022.

Para as culturas da safra 2022/2023 – foi observado que as precipitações favoreceram a semeadura de soja em Mato Grosso e no Paraná. Entretanto, o excesso de umidade atrasa esta etapa em São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Em Minas Gerais e na Bahia, o plantio foi iniciado no começo de outubro, após o fim do vazio sanitário. Na região do Matopiba, o início da semeadura da soja foi possível apenas em áreas irrigadas em razão da baixa umidade no solo.

No caso do milho 1° safra, a semeadura evolui rapidamente, chegando a 74% da área estimada no Rio Grande do Sul e 75% no Paraná, com destaque para as regiões de Ponta Grossa, Guarapuava/Irati e Pato Branco. Porém, o plantio segue em ritmo lento em São Paulo e Santa Catarina, principalmente em razão do excesso de umidade. A etapa também segue devagar em Goiás, onde os produtores têm dado prioridade à soja.

Análise climática de outras regiões – No período analisado, os maiores acumulados de chuva ocorreram nas regiões Norte e Sul do Brasil. Na região Norte, os índices pluviométricos foram mais elevados no oeste do Amazonas, em Rondônia, no Pará e no Acre. Ocorreram chuvas volumosas também nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde áreas de instabilidades associadas a calor e umidade resultaram em até 200 mm no oeste de Mato Grosso e no sudoeste de Mato Grosso do Sul.

Nordeste e Sealba – Enquanto isso, pouca ou nenhuma precipitação na região Nordeste foi observada, o que inclui as regiões do Sealba e parte do Matopiba. O cenário beneficiou a maturação e a colheita do feijão e do milho de 3ª safra no Sealba.

Fonte: Conab