Esse é o menor índice dos últimos dez anos; umidade do solo está maior que ano passado, mas fica abaixo da média historia
O índice de vigor vegetativo da soja já instalada em Mato Grosso nesta safra 2021/22 registrou queda de 13,6% quando comparado ao índice da última década. Apesar disso, os dados mostram que o volume de umidade do solo está maior do que no ciclo 2020/21.
De acordo com o engenheiro agrônomo Moises Ramos, essa baixa se deve à baixa umidade do solo, que está abaixo da média histórica. “A precipitação está em torno de 28% e a umidade do solo é cerca de 11% menor, quando olhado o percentual de área plantada até o momento”, comenta.
O monitoramento na fase inicial de cultivo é importante para acompanhar o desenvolvimento da cultura. “A gente consegue avaliar as condições de boa implantação do cultivo que vão refletir, se as condições climáticas se mantiverem em condições ideais, o potencial produtivo e condições para soja expressar todo o seu potencial”.
Situação no Paraná e Rio Grande do Sul
De acordo com Ramos, o estado do Paraná registrou boas concentrações de chuva nos últimos dias e está acima da média. Já no Rio Grande do Sul, o solo está com condição de umidade menor, quando comparado com a média histórica. A exceção é no sudoeste do estado onde ocorreram chuvas nas últimas semanas.
Expectativa de safra da soja
Apesar de ainda ser cedo para projetar o resultado desta temporada de soja 21/22, Ramos acredita que a umidade do solo abaixo da média histórica e o menor vigor vegetativo dos últimos dez anos em Mato Grosso – maior estado produtor – não deve impedir que a colheita nacional da oleaginosa alcance altos volumes.
“O que a gente consegue avaliar nesse momento é que as condições de umidade do solo e os volumes de precipitações estão favoráveis para um bom estabelecimento e desenvolvimento inicial da cultura. Então, mantendo essa condição no decorrer do ciclo, tudo se configura em um cenário bastante favorável para uma boa expressão e potencial produtivo da soja”, finaliza.
Fonte: Canal Rural