A segunda safra de milho no Brasil deve ter uma quebra de 24 milhões de toneladas em 2021, de acordo com a consultoria Cogo Agronegócios, e com isso as exportações devem atingir o menor nível desde o ciclo 2010/2011.
“Mesmo com tamanha quebra de safra, não temos risco de desabastecimento. As perdas são de 24 milhões de toneladas em relação à expectativa inicial, com perdas de 25% no Piauí, 11% no Tocantins, 73% em Minas Gerais, 43% no Mato Grosso do Sul. Então, são quebras muito expressivas, da ordem de 24 milhões de toneladas”, analisa o diretor da consultoria, Carlos Cogo.
“O que está acontecendo com as exportações é que, na verdade, elas caíram 42% entre fevereiro desse ano e setembro, ou seja, nós importamos 10,3 milhões de toneladas, contra 17,7 milhões de toneladas no ano passado. As projeções indicam que não vamos passar de 18 bilhões de toneladas”, ele afirma.
Em relação aos estoques, Cogo projeta algo em torno de 10 milhões de toneladas. “Pode parecer pouco, mas somando-se a 30 milhões de toneladas na safra do ano que vem, são 40 milhões de toneladas — 60% do consumo anual brasileiro”, observa Cogo.
Segundo ele, os preços devem ficar mais baixos no ano que vem. “Os preços médios ainda vão ficar muito acima da média de soja”, conclui o consultor.
Fonte: Canal Rural.