Legenda: Considerando tanto a safra de verão quanto a segunda safra, a Agroconsult projeta a produção brasileira de milho em apenas 91,1 milhões de toneladas, inferior a 100 milhões de toneladas pela primeira vez desde a safra 2017/18
A segunda safra de milho do Brasil 2020/21 foi estimada em 66,2 milhões de toneladas, com a seca reduzindo a colheita em 15% na comparação com a projeção de 78,3 milhões de toneladas de março, apontou hoje (19) a Agroconsult em relatório.
“É uma safra que não terá seu todo seu potencial expressado no campo. A irregularidade climática afetou o milho de forma severa”, declarou André Debastiani, coordenador da expedição Rally da Safra, que realizará avaliação das produtividades a campo a partir de domingo.
Segundo a consultoria, as próximas semanas serão importantes para a definição da produtividade.
“Há chuva prevista para os principais Estados produtores de milho segunda safra. Caso isso se confirme, os problemas podem até ser um pouco amenizados, principalmente no caso das lavouras mais tardias. Se continuar chovendo pouco, porém, podem ocorrer novas revisões negativas”, afirmou a consultoria.
Considerando tanto a safra de verão quanto a segunda safra, a Agroconsult projeta a produção brasileira de milho em apenas 91,1 milhões de toneladas, inferior a 100 milhões de toneladas pela primeira vez desde a safra 2017/18.
“O reflexo da queda de produção se dá nos altos preços do milho no mercado, numa relação de troca muito desfavorável para a produção de frango e suínos. Isso também acontece com a indústria de etanol, que já trabalha com margens apertadas”, acrescentou.
Com uma safra menor, as exportações brasileiras serão prejudicadas: a estimativa para os embarques em 2021, que já foi de 35 milhões de toneladas, agora é de apenas 26 milhões de toneladas, segundo a Agroconsult, citando ainda que a “perspectiva é de que o ano termine com os estoques em níveis muito baixos” (Reuters, 19/5/21)
Fonte: Brasilagro