Novas tecnologias atuam diretamente na nutrição e fisiologia das plantas
O plantio é um dos períodos de maior importância para a cultura da soja, pois é nesse momento que determinamos o estabelecimento do estande, que irá refletir na geração de maiores produtividades. A agricultura é uma atividade extremamente dependente de condições climáticas, e mesmo empregando as melhores técnicas de plantio, a cultura pode sofrer estresses no início do seu ciclo – e que colocam em risco seu potencial produtivo.
Porém, há novas tecnologias que atuam diretamente na nutrição e fisiologia das plantas, melhorando seu desenvolvimento inicial mesmo em condições de estresse. Destacamos aqui como estas tecnologias podem auxiliar no momento do plantio e evitar possíveis danos ocasionados por estresses.
Quais os estresses mais frequentes após o plantio de soja e como afetam sua lavoura??
Em muitas regiões os produtores iniciam o plantio da soja o mais cedo possível, logo nas primeiras chuvas para possibilitar uma semeadura de segunda safra dentro do período adequado. Entretanto, as variações climáticas podem gerar condições de ambiente bastante instáveis neste período, com déficits hídricos, altas e baixas temperaturas no pré e pós-plantio.
Principais danos ocasionados por estresses climáticos na soja
A água constitui aproximadamente 90% da massa das plantas, atuando em quase todos os seus processos fisiológicos e bioquímicos. Além disso, atua na regulação térmica, osmótica e é o principal meio de absorção de nutrientes pelas plantas. Ela é um recurso insubstituível para a produção de soja, e seu déficit poderá ocasionar danos severos e irreversíveis
O primeiro impacto da falta de água após o plantio da soja é a redução na germinação e velocidade de emergência das plântulas. Durante esse período as plântulas possuem um maior gasto energético para seu estabelecimento e ficam expostas a doenças e pragas de solo. Podendo comprometer o estabelecimento inicial do cultivo.
A falta de água prejudica o sistema de resfriamento das plântulas, ocasionando o fechamento precoce dos estômatos e consequentemente uma menor assimilação de CO2.
Nessas condições de estresse, a planta produz menos fotoassimilados, absorve menos nutrientes, além de ainda gastar energia com rotas metabólicas antioxidantes.
Por isso plantas jovens de soja estressadas costumam apresentar os seguintes sintomas:
• Folhas menores
• Entrenós mais curtos
• Menor desenvolvimento radicular
• Clorose
Como prevenir os danos ocasionados por estresses climáticos após o plantio?
Agora que já entendemos quais os principais estresses que ocorrem nos estádios iniciais e como prejudicam a cultura da soja, é importante entender quais ferramentas estão disponíveis atualmente para auxiliar em condições de estresse.
Uma boa nutrição de plantas e uso de novas tecnologias podem tornar seu cultivo mais eficiente no uso da água, e consequentemente mais tolerante a situações de estresse. Dentre os produtos disponíveis no mercado, os bioestimulantes ou biofertilizantes têm apresentado os melhores resultados para prevenir situações de estresse após o plantio.
Uso de bioestimulantes para prevenir estresses após o plantio
Os bioestimulantes são substâncias e/ou microrganismos que quando aplicados na planta ou rizosfera estimulam processos naturais que beneficiam a absorção, uso eficiente de nutrientes, tolerância ao estresse abiótico e/ou a qualidade da cultura, independentemente de seu conteúdo nutricional.
Em relação ao uso isolado de hormônios, os bioestimulantes possuem a vantagem de atuar em diversas rotas metabólicas da planta, o que acelera e potencializa sua resposta.
Mesmo que situações de estresse não ocorram após o plantio da sua lavoura, o uso de bioestimulantes é uma prática recomendável e que pode auxiliar muito o desenvolvimento da cultura, uma vez que esses produtos favorecem o metabolismo das plantas melhorando seu desempenho produtivo.
Fonte: Agrolink